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OS PERIGOS DO CIGARRO ELETRONICO
Nos últimos tempos, tem
sido comum a popularização de hábitos alternativos ao cigarro convencional,
principalmente entre os jovens. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
(PeNSE), de 2019, mostrou que 16,9% dos alunos de escola pública, entre 13 e 17
anos, já experimentou cigarros eletrônicos alguma vez na vida. Em escolas
particulares, o número sobre para 18% em alunos da mesma idade. Mas junto com a
prática, chegam os riscos.
Um estudo feito por
pesquisadores da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de
Câncer (INCA) mostra que o uso do cigarro eletrônico aumenta em mais de três
vezes o risco de experimentação, e mais de quatro vezes o risco de uso do
cigarro convencional.
Já conhecemos os males
causados pelos cigarros convencionais. À longo prazo podemos citar o aumento da
incidência de câncer e da hipertensão arterial, entre outras doenças. Não
podemos esquecer que tanto os cigarros eletrônicos, quanto os narguilés também
possuem uma carga elevada de tabaco”, explica o Dr. Lucas Albanaz, clínico
geral e coordenador da clínica médica do Hospital Santa Lúcia Norte e Gama.
“No caso dos cigarros
eletrônicos, muitas das essências utilizadas não têm procedência confiável.
Sendo assim, não sabemos o que está ali dentro, aumentando o potencial de
agravo à nossa saúde”, completa.
Assim como os
convencionais, os cigarros eletrônicos expõem o organismo a uma variedade de
elementos químicos gerados de formas diferentes. Segundo o INCA, uma delas é
pelo próprio dispositivo (nanopartículas de metal). Outra tem relação direta
com o processo de aquecimento ou vaporização, já que alguns produtos contidos
no vapor de cigarros eletrônicos incluem carcinógenos conhecidos e substâncias
citotóxicas, potencialmente causadoras de doenças pulmonares e
cardiovasculares.
Fonte: Instituto Nacional do Câncer
Data de publicação: 19/10/2022
Imagem: Freepik.com