Os dados dos triglicerídeos ou triglicérides são comuns nos resultados dos exames de sangue. Mas nem todo mundo sabe o que eles representam, o que leva ao aumento nos valores e, principalmente, quais são os perigos de manter níveis elevados desse marcador.
Assim como o colesterol total e os tipos, os triglicerídeos integram o conjunto de exames que analisam o perfil lipídico do paciente. Lipídios são as principais moléculas de gordura que circulam pelo organismo.
Produzidos no fígado após a metabolização do excesso de carboidratos, gorduras ou álcool ingeridos, os triglicerídeos são carregados pelo VLDL. Como a produção do VLDL é inibida pela insulina (hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por entregar a glicose às células para ser transformada em energia), quando estamos comendo e liberando insulina, sinalizamos ao organismo que há energia disponível e não há necessidade de os triglicerídeos serem produzidos, já que a função deles é ser a reserva energética.
No entanto, quando há resistência à insulina, como na obesidade, síndrome metabólica e diabetes, o fígado passa a liberar mais VLDL, causando o aumento na fabricação e, por consequência, o descontrole do nível recomendado dos triglicerídeos.
Manter níveis elevados dos triglicérides aumenta o risco de problemas cardiovasculares. Acima de 500 mg/dL ou 1.000 mg/dL, em adultos, pode levar à aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nas artérias) e pancreatite (inflamação no pâncreas). Em contrapartida, não há riscos quando o nível está muito baixo, exceto em situações de desnutrição.
Ao contrário do colesterol, que pode exigir a prescrição de medicamentos para reduzir as taxas, é possível baixar os níveis dos triglicérides com uma mudança no estilo de vida.
Fonte: Uol Saúde
Data de publicação: 08/01/2022